Treinasmento Militar

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sábado, 23 de junho de 2012

Tropas Aerotransportadas na Segunda Grande Guerra

“Imagine 10 mil homens descendo dos céus, em muitos lugares. Que governante teria condições de dispor de tantos homens para a defesa, uma vez que todo o seu território seria um alvo em potencial? Quanto terror estes soldados do ar não causariam, antes que alguma forma pudesse ser reunida contra eles?” A frase não é do General MacArthur, nem de Von Manstein, nem de Zhukov. É do pacifista Benjamim Franklin (1706-1790), embaixador dos Estados Unidos na França e dos maiores inventores de seu tempo.
Já naquela época, em carta para seu amigo e também cientista Jan Ingenhousz (1730-1799), ele imaginava soldados lançados de balões. Conversa de cientista louco? Nem tanto. Duzentos anos depois, a França, o mesmo país em que Franklin escrevera essa carta, seria palco de uma operação idêntica à imaginada por ele. Na noite de 05 de junho de 1944, cerca de 12 mil homens paraquedistas das 82ª e 101ª divisões aerotransportadas saltaram atrás das linhas alemãs na Normandia. Graças às ações decisivas desses soldados na retaguarda inimiga, o contingente principal pôde desembarcar nas praias sem o risco de um contra-ataque fulminante.
Loucos Pioneiros
Mas os paraquedas não foram uma novidade de surgiu na cabeça de Franklin. As primeiras experiências com equipamentos similares datam do século 9º, Península Ibérica. Na época, a região, sob o domínio árabe, era um dos centros tecnológicos do mundo. E foi ali, em Córdoba, em 852, que Armen Firmen, uma espécie de cientista, tentou alçar voo, atirando-se no vazio do alto de uma torre. Usava apenas uma estrutura de madeira e linho. A decolagem, claro, foi um fracasso. Mas, graças ao pano, a queda foi suavizava e o audaz sofreu apenas alguns arranhões.
Quem não teve a mesma sorte foi Abbas Abn Firnas, que tentou o mesmo feito em 1178, em Constantinopla, mas acabou quebrando vários ossos e morreu. Há quem diga que foram os chineses, no século 12, os primeiros a usar essas engenhocas regularmente. No ocidente, no entanto, os primeiros esboços de paraquedas são atribuídos a Leonardo da Vinci.
Mas o primeiro teste prático do aparato foi realizado pelo inventor, humanista e tradutor croata Faust Vracic. Em 1617, ele pulou de uma torre em Veneza com um paraquedas quebrado, em vez de redondo, e autodenominou-se homo-volans  (“Homem Voador”).
O interessante pelo artefato que aparava a queda de homens só aumentou muito tempo depois, já na era iluminista. Em 1783, os irmãos Montgolfier inventaram o balão. No mesmo ano, o inventor francês Louis-Sabastién Lenormand restou o que seria o primeiro paraquedas da História moderna, um aparato de pouco mais de quatro metros diâmetro. Dez anos depois, seu compatriota Jean-Pierre Blanchard foi o primeiro homem a pular com sucesso de paraquedas de um balão, não exatamente porque quisesse, mas porque a lona se rompera.
Nessa época, Blanchard também começou a pensar num protótipo mais leve e compacto – até então, os paraquedas eram feitos com madeira e linho, e não eram dobráveis. A saída lógica foi usar a levíssima seda. Mas quem deu o salto para a fama foi André Jacques Garnerin. Em 22 de outubro de 1789, utilizando uma sede de sete metros de diâmetro, parecido com um guarda-chuva, ele pulou de uma altura de 2500 metros. O salto foi um sucesso. O novo equipamento precisava só de um ajuste, pois oscilava por não ter saída de ar no canopi (a abóbada do pano). A solução foi abrir um pequeno furo no centro, criando uma espécie escoadouro para o ar e, assim, dando estabilidade ao dispositivo.
O Paraquedas vai à Guerra
Durante o século 19, várias melhorias foram implementadas, como os arreios (1887) e a mochila para guarda-lo nas costas (1890). Em 1912, o capitão do Exército norte-americano Albert Berry saltou pela primeira vez de uma avião – outro invento ainda em pleno desenvolvimento. Nascia aí uma parceria entre os paraquedas e as Forças Armadas.
A primeira ocasião em que ele teve uso militar foi na Primeira Guerra Mundial. Naquela época, especialmente na fase inicial do conflito, os correções para os tiros de artilharia ficavam a cargo de observadores instalados em balões. “Eles eram essenciais para direcionar o trabalho dos canhões, e ambos os lados sabiam disso. Tornou-se comum enviar esquadrilhas de caças para abater esses balões e ‘cegar’ a artilharia inimiga. Quando isso acontecia, a única forma de os observadores fugirem a tempo era pulando dos balões de paraquedas”, conta a professora especializada em História Militar Mary Kathryn Barbier, de Southern Mississippi University, dos Estados Unidos.
Se os observadores tinham a chance de salva suas vidas usando o artefato, o mesmo não podia se dizer dos pilotos. No início do conflito, em forças como a RAF, eles eram proibidos de usar o equipamento. O argumento oficial era que o paraquedas pesava demais e não era confiável. O motivo real, no entanto, escondia uma sombria tática de guerra: a chance de ser salvo roubaria do piloto a garra necessária para combater, segundo o historiador Artur G. Lee, autor do livro No Parachute: a Fight Pilot in Warld War.
A metaliade só mudou em 1917, pelo menos no lado alemão, quando o Alto Comando perceu que era mau negócio perder uma piloto treinado, apenas porque ele não tinha esse dispositivo à mão. Foi graças a uma paraquedas, aliás, que a vida de Ernst Udet, o segundo maior ás alemão do conflito, com 62 abates confirmados (atrás do Barão Vermelho, com 80), foi salvo. No dia 29 de junho de 1918, faltando apenas cinco meses para o término do conflito, de colidiu contra uma Breguet durante uma investida e conseguiu saltar. Para seu desespero, porém, o paraquedas só abriu a 75 metros do solo. O ás germânico acabou com o tornozelo fraturado, mas a sua vida estava salva. Na RAF, quando a mudança foi implementada e os guardian angels (anjos da guarda, como eram chamados os paraquedas desenvolvidos pelo engenheiro inglês R. E. Calthop) foram finalmente entregues aos pilotos, a guerra já havia praticamente acabado.
A Infantaria vem do Ar
O entre guerras foi o período de forte desenvolvimento das unidades paraquedistas. Nos Estados Unidos, o maior entusiasta foi o Brigadeiro Willy Mitchell, que conseguiu que o governo instaurasse uma fábrica de produção em Daytona. Ohio. Ali foram desenvolvidas técnicas que simplificaram o salto – como a famosa cordinha que, entrelaçada ao avião e ao equipamento, o fazia abrir instantaneamente após o salto, permitindo saltos a baixa altitude. Outros países, como União Soviética, Itália e Alemanha, também demonstraram grande entusiasmo militar pelo dispositivo. Em 1927, tropas italianas realizaram, com êxito, o primeiro salto coletivo de uma Unidade, em Milão (nascia ali o embrião da famosa divisão Folgore). Na União Soviética, o governo patrocinou vários clubes amadores de paraquedismo – e escolhia os membros promissores para servirem as forças armadas. Em 1932, já imaginando operações em larga escala, os soviéticos anunciaram a criação da primeira Brigada Paraquedista. Em 1935, Stálin fez uma demonstração de força: 6 mil paraquedistas saltaram próximos a Kiev, no primeiro salto em massa da História.
Mas foi a Alemanha, a partir de 1933, que os paraquedistas ganharam impulso -  mesmo com os alemães proibidos de ter força aérea, de acordo com o Tratado de Versalhes. Em forte intercâmbio com a União Soviética, formou-se naquele ano uma pequena unidade, a Landespolizei gruppe Berlin. Secretamente, era o primeiro grupo paraquedista alemão.
Em 1939, a unidade, agrupado junto à Flieger Division 7, já havia alcançado o status de batalhão, sob a batuta do general Kurt Student, o grande mentor desse tipo de assalto entre os nazistas. “Os alemães, mais do que ninguém, foram os grande idealizados das unidades paraquedistas, embora ela não tivesse condições operacionais de fazer nada significativo, depois da tomada de Creta”, diz a professora Mary. No entanto, a despeito das pesadas baixas, o sucesso do assalto foi tamanho que inspirou os Aliados a utilizarem suas próprias unidades em ações posteriores.
Ao final, todas as grandes potências utilizaram paraquedistas em larga escala – geralmente em ações duvidosas, que muitas vezes acabavam mal. Como artefato, a Segunda Guerra Mundial permitiu o seu aprimoramento, criando um modelo muito próximo do que é utilizado até hoje

Valor da Infantaria por um PE do campo de Batalha

Particularmente não poderia deixar de publicar a inestimável contribuição desse SOLDADO DE INFANTARIA DA POLÍCIA DO EXÉRCITO, PE Bendl, diga-se de passagem 07-29 (Quem é PE SABE!), enviou o comentário sobre o Dia da Infantaria e, mesmo que alguns não entendem o verdadeiro valor da Infantaria, essa tem por premissa honrar o sangue derramado dos nossos antepassados na defesa da terra e dos nossos valores. Essa é a INFANTARIA!
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Imensa formação de brancas cruzes, Desfile mortuário de fantasmas, Exótico mercado de miasmas, Exposição de ossadas e de urzes… Calado e mudo queda-se o canhão, Apenas trevas cobrem a amplidão, Que outrora foi um campo batalha… Calada e muda queda-se a metralha, É morta na garganta a voz do obus, O sabre traiçoeiro não reluz Dilacerando, ensangüentado a terra A paz voltou, é terminada a guerra. Os heróis tombaram das alturas, Os covardes e os bravos olvidados, Seus feitos aos livros relegados, Nada mais resta, apenas sepulturas. E eu? Quem sou? Perguntam eu quem sou? Pois bem, eu lhes direi: sou um soldado, Igual a qualquer outro que avançou, combateu, foi derrubado. Cruzes iguais… Terrivelmente iguais… Exército que cresce mais e mais, No festim diabólico da morte. Aqui jaz o covarde. Ali o forte. Aqui dorme um estranho. Ali estou eu… Mas ninguém sabe como ele morreu… Não se lembram do campo de batalha, Nunca ouviram o riso da metralha… Não sentiram tremer o corpo inteiro Ante o rugido brutal de um morteiro… Não viram a cor dos olhos do inimigo. Não sentiram o medo do perigo, Que vos faz desejar a morte breve. Nunca sonharam. Nunca, nem de leve. Mas… Nem todos se esqueceram do soldado Que está longe, bem longe sepultado… Mamãe, minha boa mãe, se tu soubesses Que tua imagem adornei com flores, Que tuas flores foram minhas preces, Preces colhidas no jardim das dores… Minha querida mãe, se te contasse O medo que senti sem teu carinho, Um medo horrível de morrer sozinho. Medo mesmo que o medo me matasse… Mas deixei meu abrigo e avancei Julgando ver a morte a cada passo Ao ouvir o sibilar de um estilhaço… Parei… Pensei em ti… Continuei… Minha querida mãe se te dissesse Que quando derrubou-me uma granada Atirando-me na terra enlameada, Foi por ti que chamei desesperado. Por um momento deixei de ser soldado E fui novamente uma criaa Sentindo na morte a esperaa De ainda adormecer no teu regaço. Mamãe. Matou-me um estilhaço… Minha querida noiva, por que choras? Relembras por certo as boas horas Que passamos juntos. Só nós dois… Íamos casar. Lembra-te ? E depois… E depois uma casa retirada. Cortinas nas janelas enfeitadas, Tu me esperando… eu vindo do quartel… A nossa casa um pequenino céu, Aberto a vinda de um herdeiro… Meu sonho, meu sonho derradeiro, Foi de beijar-te antes de morrer. Mas ao golpe frio da granada, Beijei apenas a terra ensangüentada. Mamãe, minha noiva, aqui se encerra Uma história de sangue, esta é a guerra. Não chorem. Tudo é terminado Rápido como coisa de soldado… Mas mamãe… Se novamente a pobre humanidade Mais uma vez em busca da verdade Rufar seus tambores sobre a Terra Anunciando mais sangue e outra guerra, Se outro filho a Pátria te exigir, Sem lágrimas mamãe, deixe-o ir… Embora te destrua o coração, Ainda que te alquebre a agonia Faça-me um favor mamãe, Peça a esse irmão, Para que seja também da INFANTARIA !

FEB - Força Expedicionária Brasileira - Falecimento do General Campello

 Lamentamos a perda de mais um Herói da Força Expedicionária Brasileiro
Mensagem enviada pelo Tenente Monteiro – Presidente no Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil
CONSELHO NACIONAL DE OFICIAIS R/2 DO BRASIL
NOTA DE FALECIMENTO
    A Diretoria do Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil, consternada, comunica o falecimento ontem, às 22 horas na Clínica São Carlos, Rio de Janeiro, do Exmo. Sr. General RUY LEAL CAMPELLO, herói da Força Expedicionária Brasileira e que desde 2009 era o detentor do Bastão de Comando da FEB.  O General Campello, que faleceu aos 95 anos, era gaúcho da cidade do Rio Grande. Foi declarado Aspirante a Oficial da Arma de Infantaria pela Escola Militar do Realengo em 1940. Na Itália, foi Subcomandante da 5ª Companhia do 1º Regimento de Infantaria – Regimento Sampaio. Com o retorno da FEB, ainda em 1945 foi promovido a Capitão, permanecendo no Regimento Sampaio já no comando da companhia. Após concluir o curso de Comando e Estado-Maior, foi para a 3ª Divisão de Cavalaria, em Bagé-RS, servindo depois no I Exército, de 1955 a 1957, de onde foi para o Curso de Infantaria da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Integrou o “Batalhão Suez” indo depois para o Estado-Maior da 1ª Divisão de Infantaria. Em 1959, serviu novamente no QG do I Exército, sob o comando do General Odylio Denys. Passou depois para o Gabinete do Ministro, com a ascensão do General Denys a esse cargo. Promovido aos postos de Oficial Superior por merecimento, de 1961 a 1964 pertenceu ao Estado-Maior do Exército. Em abril de 1964 passou a integrar a 2ª Seção do Estado-Maior da 1ª Divisão de Infantaria, comandada pelo General Orlando Geisel, vindo, a partir de maio, para o Gabinete do Ministro do Exército, General Arthur da Costa e Silva.
De 1966 a 1968 comandou o Regimento Sampaio. Foi em seguida para Chefia da 3ª Seção do I Exército e daí para o Gabinete do Ministro Orlando Geisel, de onde saiu para a Comissão Militar Brasileira em Washington-EUA, dali retornando ao Gabinete do Ministro em 1973, quando foi promovido a General-de-Brigada. Nesse posto exerceu os seguintes cargos: Diretor de Movimentação, Comandante da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada e Diretor do Pessoal Civil. Deixou o serviço ativo em 1978. Dentre as condecorações que lhe foram outorgadas por sua participação na FEB destacam-se: Cruz de Combate de 2ª Classe, Medalha de Campanha, Medalha de Guerra e Cruz ao Valor Militar da Itália.
     O General Campello exerceu até meados de 2009 a Presidência do Conselho Deliberativo da Associação Nacional dos Veteranos da FEB (ANVFEB). Residia no Rio de Janeiro, no bairro de Laranjeiras. Grande amigo dos Oficiais R/2, o herói ora desaparecido, por solicitação da família ao CNOR, teve o apoio do Comando do CPOR/RJ que colocou seus alunos e demais militares à disposição para doação de sangue. O sepultamento do bravo General Campello será hoje, dia 22 de junho, às 16 horas, no Cemitério São João Batista.

LUTO OFICIAL
             O Presidente do Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil, no uso de suas atribuições estatutárias, RESOLVE decretar, no âmbito das Associações filiadas ao CNOR, LUTO OFICIAL de 5 (cinco) dias pelo falecimento no Rio de Janeiro, em 22 de junho de 2012, do General de Brigada Reformado RUY LEAL CAMPELLO, detentor do Bastão de Comando da Força Expedicionária Brasileira. Aos Veteranos da FEB e à família enlutada, nossas sentidas condolências pela perda de tão ilustre Oficial.
                                              Rio de Janeiro, 22 de junho de 2012
                                            Sérgio Pinto Monteiro - 2º Ten R/2 Art
Presidente do CNOR
                             “Patriotismo, União, Lealdade, Trabalho – Assim Atua a Reserva Atenta e Forte”