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terça-feira, 30 de abril de 2013

Operações de Paz - Gereciamento de Risco - Professor Delcio Alves Castro Pereira

As operações de paz

As operações de paz das Nações Unidas são um instrumento singular e dinâmico, desenvolvido pela Organização para ajudar os países devastados por conflitos a criar as condições para alcançar uma paz permanente e duradoura. A primeira operação de paz das Nações Unidas foi estabelecida em 1948, quando o Conselho de Segurança autorizou a preparação e o envio de militares da ONU para o Oriente Médio para monitorar o Acordo de Armistício entre Israel e seus vizinhos árabes. Desde então, 63 operações de paz das Nações Unidas foram criadas.
Ao longo dos anos, as operações de paz evoluíram para atender as necessidades de diferentes conflitos e panoramas políticos.  Criadas na época em que as rivalidades da Guerra Fria freqüentemente paralisavam o Conselho de Segurança, os objetivos das operações de paz da ONU eram a princípio limitados à manutenção de cessar-fogo e alívio de tensões sociais, para que os esforços, em  nível político, resolvessem o conflito por vias pacíficas. Estas missões consistiam em observadores militares e tropas equipadas com armamento leve, com a função de monitorar e ajudar no cessar-fogo e em acordos de paz limitados.

Soldados finlandeses na Força de Paz em Chipre (1964)Com o fim da Guerra Fria, o contexto estratégico para as tropas de paz da ONU mudou dramaticamente, fazendo com que a Organização expandisse seu campo de atuação, de missões “tradicionais” envolvendo somente tarefas militares a complexas operações “multidimensionais” criadas para assegurar a implementação de abrangentes acordos de paz e ajudar a estabelecer as bases para uma paz sustentável. Hoje as operações realizam uma grande variedade de tarefas, desde ajudar a instituir governos, monitorar o cumprimento dos direitos humanos, assegurar reformas setoriais, até o desarmamento, desmobilização e reintegração de ex-combatentes. 
A natureza dos conflitos também mudou ao longo dos anos. Originalmente desenvolvidas como uma maneira de lidar com conflitos internacionais, as operações de paz têm atuado cada vez mais em conflitos intranacionais e guerras civis. Embora a força militar permaneça como o suporte principal da maioria das operações, atualmente as missões contam com administradores e economistas, policiais e peritos em legislação, especialistas em desminagem e observadores eleitorais, monitores de direitos humanos e expertos em governança e questões civis, trabalhadores humanitários e técnicos em comunicação e informação pública.
Membros da Força de Paz testam o equipamento de rádio no Egito (1974)

As missões de paz das Nações Unidas continuam a evoluir, tanto conceitualmente como operacionalmente, para responder a novos desafios e realidades políticas. Frente à crescente demanda por missões cada vez mais complexas, a ONU, nos últimos anos, tem sido cobrada e desafiada como nunca. A Organização tem trabalhado vigorosamente para fortalecer sua capacidade de administrar e sustentar as operações e, deste modo, contribuir para sua mais importante função: manter a segurança internacional e a paz mundial.

Um elemento central de resposta a conflitos internacionais

Membros do Batalhão brasileiro ajudam vítimas de enchentes no Haiti
Membros do Batalhão brasileiro ajudam vítimas de enchentes no Haiti
  • As tropas de paz da ONU proporcionam o apoio e a segurança essenciais a milhões de pessoas, assim como a instituições frágeis, emergindo de um conflito. Tropas são enviadas a regiões devastadas por guerras, onde ninguém pode ou quer ir, e evitam que o conflito recomece ou cresça ainda mais.
     
  •  O caráter internacional das missões de paz autorizadas pelo Conselho de Segurança da ONU proporciona a qualquer operação de paz das Nações Unidas uma legitimidade incontestável.
 As operações de paz da ONU são um veículo imparcial e amplamente aceito por sua ação efetiva.
  •  As operações de paz da ONU proporcionam um elemento de segurança vital e estabilizador em situações pós-conflito, o que possibilita que os esforços de paz prossigam. Mas as missões de paz podem não ser a única ferramenta necessária para tratar de todas as situações de crise.
     
  •  As operações de paz apóiam o processo de paz, não podem substituí-lo.

Uma iniciativa de porte

  • No ano de 2000, Sergio Vieira de Mello e Xanana Gusmão recebem o ex-Secretário-Geral da ONU, Kofi AnnanA ONU é a maior contribuinte multilateral para a estabilização pós-conflito em todo o mundo. Apenas os Estados Unidos possuem um contingente militar maior no terreno do que o das Nações Unidas.

     
  • Existem cerca de 110 mil pessoas servindo em vinte operações de paz lideradas pelo Departamento de Operações de Manutenção da Paz das Nações Unidas (DPKO) nos quatro continentes, em doze fusos horários diferentes, impactando diretamente a vida de centenas de milhares de pessoas. Os números atuais são sete vezes maiores do que aqueles de 1999.
Membro da Força de Paz atende paciente na Etiópia (2006)
Membro da Força de Paz atende paciente na Etiópia (2006)
  • Além disso, o Departamento de Apoio Logístico (DFS), criado recentemente, auxilia treze missões políticas especiais e/ou de construção da paz gerenciadas pelo Departamento de Assuntos Políticos (DPA), assim como outros escritórios no terreno que precisam de assistência administrativa e logística da sede da ONU.
     
  • A ONU não dispõe de uma força militar própria, ela depende de contribuição dos Estados-Membros. Em janeiro de 2008, 119 países estavam contribuindo com forças militares e policiais para as missões de paz da ONU.
     
  • Neste mesmo mês, mais de 80 mil membros das forças de paz eram militares – tropa e observadores - e 11 mil eram policiais. Trabalhando em conjunto com eles, estavam trabalhando no terreno quase seis mil funcionários civis internacionais, mais de 13 mil funcionários civis locais e aproximadamente 2.300 voluntários da ONU, provenientes de mais de 160 nações.
     
No Congo, as Forças de Paz, participam do processo de desarmamento do país (2002)
No Congo, as Forças de Paz, participam do processo de desarmamento do país (2002)
  • As mulheres estão aumentando sua participação nas operações de paz:: entre fevereiro de 2007 e janeiro de 2008, houve um acréscimo de 40% de mulheres servindo nas missões. Atualmente, uma mulher lidera uma operação de paz como Representante Especial do Secretário-Geral (SRSG) e duas outras mulheres são Sub-SRSGs. A Chefe Interina do Departamento de Apoio Logístico e a Chefe de Pessoal do DPKO também são mulheres. Além disso, uma unidade de policiais da Índia foi o primeiro contingente formado somente por mulheres a se juntar a uma força de paz da ONU. Em 2007, elas se integraram à operação de paz na Libéria.
O contingente indiano, formado por mulheres, chega à Libéria
O contingente indiano, formado por mulheres, chega à Libéria

Uma história de sucessos

  • Desde 1945, 63 forças de paz foram criadas, permitindo, entre muitas outras coisas, que pessoas em mais de 45 países pudessem participar de eleições livres e justas. Apenas na última década, as missões de paz também foram responsáveis pelo desarmamento de mais de 400 mil ex-combatentes e ajudar em sua reinserção na vida civil.
     
  • A ONU é uma provedora de tropas eficientes e de baixo custo. Seus especialistas, particularmente em missões integradas, possuem amplas capacidades civis e militares necessárias para estabilizar e propiciar o desenvolvimento em situações pós-conflitos.
     
  • Em 2007, a Assembléia Geral da ONU promoveu a reestruturação deste importante setor da ONU, reorganizando o DPKO e criando o DFS. O processo de reestruturação também incluiu um aumento de recursos financeiros para a área e a criação de novas capacidades e estruturas integradas para enfrentar a crescente complexidade desta atividade.
     
No Sahara Ocidental, a base da ONU sofre com tormentas de areia (2006)
No Sahara Ocidental, a base da ONU sofre com tormentas de areia (2006) 
  • Nesta nova estrutura, o DPKO é o responsável pela estratégia e gerenciamento das operações de paz, enquanto o Departamento de Apoio Logístico provê suporte operacional e profissionais especializados nas áreas de pessoal, financeiro e orçamentário, comunicações, informação e tecnologia e logística.

Adaptáveis a diferentes ambientes e necessidades

  • As Nações Unidas têm mostrado uma crescente flexibilidade nas estruturas e tipos de missões de paz. Esta flexibilidade permitiu uma boa resposta a desafios únicos.
  • A ONU, cada vez mais, trabalha em parceria com outras organizações regionais e internacionais, tais como a União Africana (UA) ou a União Européia (EU), a fim de maximizar os seus efeitos.
Campanha para ensinar as crianças haitianas sobre o perigo das armas (2007)
Campanha para ensinar as crianças haitianas sobre o perigo das armas (2007)
  • De ações que visavam o retorno da lei em favelas em Porto Príncipe, no Haiti, até a missão conjunta UA-ONU em Darfur, no Sudão, as operações de paz da ONU continuam a expandir-se e a adaptar-se aos desafios globais para manter a paz e a segurança.
     
  • Desde a proteção de civis no leste da República Democrática do Congo (DRC) até a promoção de eleições no Timor Leste ou na Libéria, as operações de paz utilizam todas as ferramentas fornecidas pelo Sistema da ONU para a construção e a manutenção de uma paz sustentável.

Desminagem

Como parte das operações de paz da ONU, a desminagem, administrada pelo Serviço de Ação contra Minas da ONU (UNMAS), está permitindo que membros de forças de paz possam cumprir seus mandatos no Chipre, República Democrática do Congo, Eritréia/Etiópia, Líbano, Sudão e o Saara Ocidental.
  • Até o momento, estas equipes já retiraram minas de 50% das principais estradas no sul do Sudão permitindo a presença de forças de e o envio de comboios humanitários àquela área.
     
Soldados destroem minas no Sudão
Soldados destroem minas no Sudão
  • O Centro de Desminagem para o Afeganistão desarmou minas terrestres e explosivos remanescentes da guerra em mais de um bilhão de metros quadrados de área.
     
  • O Centro de Coordenação para Desminagem no sul do Líbano já “limpou” 32,6 milhões de metros quadrados dos 38,7 milhões que ficaram contaminados por munições cluster durante o conflito na região em 2006.

As operações de paz da ONU continuam evoluindo

  • Além de manter a paz e a segurança, os membros das forças de paz da ONU assistem e monitoram processos políticos, ajudam em reformas de sistemas judiciais, treinam policiais, desarmam e reintegram ex-combatentes, e apóiam o retorno de populações deslocadas e refugiados.
     
  • A assistência eleitoral da ONU é essencial nas suas operações de paz. Recentemente, as missões de paz das Nações Unidas promoveram e apoiaram eleições em sete países vivendo situações de pós-conflito: Afeganistão, Burundi, Haiti, Iraque, Libéria, República Democrática do Congo e Timor Leste, uma população acima de 120 milhões de pessoas, dando aos mais de 57 milhões de eleitores a chance de exercer seus direitos democráticos.
Os resultados da paz (Serra Leoa, 2004)
Os resultados da paz (Serra Leoa, 2004)
  • Fazer com que suas equipes tenham os mais altos padrões de comportamento é uma grande prioridade para as operações de paz da ONU. Para isso, a ONU adotou uma série de estratégias para lidar com questões de exploração e violação sexual por parte de membros da forças de paz. As operações de paz das Nações Unidas estabeleceram unidades de disciplina e conduta nos centros de operações e no campo.

O custo das forças de paz

  • As operações de paz da ONU são bem menos caras se comparadas a outras formas de intervenções internacionais e seus custos são compartilhados de forma eqüitativa entre todos os 192 Estados-Membros das Nações Unidas.
     
  • O orçamento aprovado para as operações de paz no período de 1 de julho de 2007 a 30 de junho de 2008 é de aproximadamente sete bilhões de dólares. Isto representa cerca de 0,5% das despesas militares em nível global (estimadas em 1,232 bilhão dólares em 2006).
     
  • Se compararmos os custos de cada militar aos custos das tropas norte-americanas, assim como com as de países desenvolvidos, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ou de  organizações regionais, a ONU é de longe a opção menos cara.
Cidadãos festejam a independência do Kosovo (2008)
Cidadãos festejam a independência do Kosovo (2008)
  • Uma recente pesquisa realizada por economistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, demonstrou que intervenções militares internacionais das Nações Unidas, de acordo com o Capítulo VII da Carta da ONU, são a forma menos dispendiosa para prevenir que sociedades vivendo em situações de pós-conflito voltem a lutar.
     
  • Um estudo feito pelo Escritório de Responsabilidade do Governo dos Estados Unidos estimou que custaria aos EUA aproximadamente o dobro do que custa à ONU a criação de uma operação de paz semelhante à Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH) – 876 milhões de dólares comparado aos 428 milhões de dólares orçados pela Organização para os primeiros 14 meses da Missão.

O tamanho das forças de paz

Somente no ano de 2007, as operações de manutenção de paz da ONU administraram:
  • Vinte hospitais militares e mais de 230 clínicas médicas;
     
  • Mais de 18 mil veículos e 210 aeronaves;
     
  • 450 satélites, 40 mil computadores e 2.800 servidores, com aproximadamente 3,5 milhões de e-mails e 2,5 milhões de ligações telefônicas realizadas todos os meses (aproximadamente uma ligação por segundo) e uma média de 200 videoconferências por mês.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Curso de Segurança em Operações com Helicopteros

Nesta Sexta Feira e de Janeiro de 2013 - Realizamos com toda a equipe de Segurança e Proteção Executiva da Habile Segurança, Empresa da Casa Bahia Comercial mais um treinamento visando a segurança Executiva utilizando aeronaves, este trabalho foi mais uma das nossas atividades voltadas para a especialização em segurança executiva em atividades aéreas.



sábado, 23 de junho de 2012

Tropas Aerotransportadas na Segunda Grande Guerra

“Imagine 10 mil homens descendo dos céus, em muitos lugares. Que governante teria condições de dispor de tantos homens para a defesa, uma vez que todo o seu território seria um alvo em potencial? Quanto terror estes soldados do ar não causariam, antes que alguma forma pudesse ser reunida contra eles?” A frase não é do General MacArthur, nem de Von Manstein, nem de Zhukov. É do pacifista Benjamim Franklin (1706-1790), embaixador dos Estados Unidos na França e dos maiores inventores de seu tempo.
Já naquela época, em carta para seu amigo e também cientista Jan Ingenhousz (1730-1799), ele imaginava soldados lançados de balões. Conversa de cientista louco? Nem tanto. Duzentos anos depois, a França, o mesmo país em que Franklin escrevera essa carta, seria palco de uma operação idêntica à imaginada por ele. Na noite de 05 de junho de 1944, cerca de 12 mil homens paraquedistas das 82ª e 101ª divisões aerotransportadas saltaram atrás das linhas alemãs na Normandia. Graças às ações decisivas desses soldados na retaguarda inimiga, o contingente principal pôde desembarcar nas praias sem o risco de um contra-ataque fulminante.
Loucos Pioneiros
Mas os paraquedas não foram uma novidade de surgiu na cabeça de Franklin. As primeiras experiências com equipamentos similares datam do século 9º, Península Ibérica. Na época, a região, sob o domínio árabe, era um dos centros tecnológicos do mundo. E foi ali, em Córdoba, em 852, que Armen Firmen, uma espécie de cientista, tentou alçar voo, atirando-se no vazio do alto de uma torre. Usava apenas uma estrutura de madeira e linho. A decolagem, claro, foi um fracasso. Mas, graças ao pano, a queda foi suavizava e o audaz sofreu apenas alguns arranhões.
Quem não teve a mesma sorte foi Abbas Abn Firnas, que tentou o mesmo feito em 1178, em Constantinopla, mas acabou quebrando vários ossos e morreu. Há quem diga que foram os chineses, no século 12, os primeiros a usar essas engenhocas regularmente. No ocidente, no entanto, os primeiros esboços de paraquedas são atribuídos a Leonardo da Vinci.
Mas o primeiro teste prático do aparato foi realizado pelo inventor, humanista e tradutor croata Faust Vracic. Em 1617, ele pulou de uma torre em Veneza com um paraquedas quebrado, em vez de redondo, e autodenominou-se homo-volans  (“Homem Voador”).
O interessante pelo artefato que aparava a queda de homens só aumentou muito tempo depois, já na era iluminista. Em 1783, os irmãos Montgolfier inventaram o balão. No mesmo ano, o inventor francês Louis-Sabastién Lenormand restou o que seria o primeiro paraquedas da História moderna, um aparato de pouco mais de quatro metros diâmetro. Dez anos depois, seu compatriota Jean-Pierre Blanchard foi o primeiro homem a pular com sucesso de paraquedas de um balão, não exatamente porque quisesse, mas porque a lona se rompera.
Nessa época, Blanchard também começou a pensar num protótipo mais leve e compacto – até então, os paraquedas eram feitos com madeira e linho, e não eram dobráveis. A saída lógica foi usar a levíssima seda. Mas quem deu o salto para a fama foi André Jacques Garnerin. Em 22 de outubro de 1789, utilizando uma sede de sete metros de diâmetro, parecido com um guarda-chuva, ele pulou de uma altura de 2500 metros. O salto foi um sucesso. O novo equipamento precisava só de um ajuste, pois oscilava por não ter saída de ar no canopi (a abóbada do pano). A solução foi abrir um pequeno furo no centro, criando uma espécie escoadouro para o ar e, assim, dando estabilidade ao dispositivo.
O Paraquedas vai à Guerra
Durante o século 19, várias melhorias foram implementadas, como os arreios (1887) e a mochila para guarda-lo nas costas (1890). Em 1912, o capitão do Exército norte-americano Albert Berry saltou pela primeira vez de uma avião – outro invento ainda em pleno desenvolvimento. Nascia aí uma parceria entre os paraquedas e as Forças Armadas.
A primeira ocasião em que ele teve uso militar foi na Primeira Guerra Mundial. Naquela época, especialmente na fase inicial do conflito, os correções para os tiros de artilharia ficavam a cargo de observadores instalados em balões. “Eles eram essenciais para direcionar o trabalho dos canhões, e ambos os lados sabiam disso. Tornou-se comum enviar esquadrilhas de caças para abater esses balões e ‘cegar’ a artilharia inimiga. Quando isso acontecia, a única forma de os observadores fugirem a tempo era pulando dos balões de paraquedas”, conta a professora especializada em História Militar Mary Kathryn Barbier, de Southern Mississippi University, dos Estados Unidos.
Se os observadores tinham a chance de salva suas vidas usando o artefato, o mesmo não podia se dizer dos pilotos. No início do conflito, em forças como a RAF, eles eram proibidos de usar o equipamento. O argumento oficial era que o paraquedas pesava demais e não era confiável. O motivo real, no entanto, escondia uma sombria tática de guerra: a chance de ser salvo roubaria do piloto a garra necessária para combater, segundo o historiador Artur G. Lee, autor do livro No Parachute: a Fight Pilot in Warld War.
A metaliade só mudou em 1917, pelo menos no lado alemão, quando o Alto Comando perceu que era mau negócio perder uma piloto treinado, apenas porque ele não tinha esse dispositivo à mão. Foi graças a uma paraquedas, aliás, que a vida de Ernst Udet, o segundo maior ás alemão do conflito, com 62 abates confirmados (atrás do Barão Vermelho, com 80), foi salvo. No dia 29 de junho de 1918, faltando apenas cinco meses para o término do conflito, de colidiu contra uma Breguet durante uma investida e conseguiu saltar. Para seu desespero, porém, o paraquedas só abriu a 75 metros do solo. O ás germânico acabou com o tornozelo fraturado, mas a sua vida estava salva. Na RAF, quando a mudança foi implementada e os guardian angels (anjos da guarda, como eram chamados os paraquedas desenvolvidos pelo engenheiro inglês R. E. Calthop) foram finalmente entregues aos pilotos, a guerra já havia praticamente acabado.
A Infantaria vem do Ar
O entre guerras foi o período de forte desenvolvimento das unidades paraquedistas. Nos Estados Unidos, o maior entusiasta foi o Brigadeiro Willy Mitchell, que conseguiu que o governo instaurasse uma fábrica de produção em Daytona. Ohio. Ali foram desenvolvidas técnicas que simplificaram o salto – como a famosa cordinha que, entrelaçada ao avião e ao equipamento, o fazia abrir instantaneamente após o salto, permitindo saltos a baixa altitude. Outros países, como União Soviética, Itália e Alemanha, também demonstraram grande entusiasmo militar pelo dispositivo. Em 1927, tropas italianas realizaram, com êxito, o primeiro salto coletivo de uma Unidade, em Milão (nascia ali o embrião da famosa divisão Folgore). Na União Soviética, o governo patrocinou vários clubes amadores de paraquedismo – e escolhia os membros promissores para servirem as forças armadas. Em 1932, já imaginando operações em larga escala, os soviéticos anunciaram a criação da primeira Brigada Paraquedista. Em 1935, Stálin fez uma demonstração de força: 6 mil paraquedistas saltaram próximos a Kiev, no primeiro salto em massa da História.
Mas foi a Alemanha, a partir de 1933, que os paraquedistas ganharam impulso -  mesmo com os alemães proibidos de ter força aérea, de acordo com o Tratado de Versalhes. Em forte intercâmbio com a União Soviética, formou-se naquele ano uma pequena unidade, a Landespolizei gruppe Berlin. Secretamente, era o primeiro grupo paraquedista alemão.
Em 1939, a unidade, agrupado junto à Flieger Division 7, já havia alcançado o status de batalhão, sob a batuta do general Kurt Student, o grande mentor desse tipo de assalto entre os nazistas. “Os alemães, mais do que ninguém, foram os grande idealizados das unidades paraquedistas, embora ela não tivesse condições operacionais de fazer nada significativo, depois da tomada de Creta”, diz a professora Mary. No entanto, a despeito das pesadas baixas, o sucesso do assalto foi tamanho que inspirou os Aliados a utilizarem suas próprias unidades em ações posteriores.
Ao final, todas as grandes potências utilizaram paraquedistas em larga escala – geralmente em ações duvidosas, que muitas vezes acabavam mal. Como artefato, a Segunda Guerra Mundial permitiu o seu aprimoramento, criando um modelo muito próximo do que é utilizado até hoje

Valor da Infantaria por um PE do campo de Batalha

Particularmente não poderia deixar de publicar a inestimável contribuição desse SOLDADO DE INFANTARIA DA POLÍCIA DO EXÉRCITO, PE Bendl, diga-se de passagem 07-29 (Quem é PE SABE!), enviou o comentário sobre o Dia da Infantaria e, mesmo que alguns não entendem o verdadeiro valor da Infantaria, essa tem por premissa honrar o sangue derramado dos nossos antepassados na defesa da terra e dos nossos valores. Essa é a INFANTARIA!
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Imensa formação de brancas cruzes, Desfile mortuário de fantasmas, Exótico mercado de miasmas, Exposição de ossadas e de urzes… Calado e mudo queda-se o canhão, Apenas trevas cobrem a amplidão, Que outrora foi um campo batalha… Calada e muda queda-se a metralha, É morta na garganta a voz do obus, O sabre traiçoeiro não reluz Dilacerando, ensangüentado a terra A paz voltou, é terminada a guerra. Os heróis tombaram das alturas, Os covardes e os bravos olvidados, Seus feitos aos livros relegados, Nada mais resta, apenas sepulturas. E eu? Quem sou? Perguntam eu quem sou? Pois bem, eu lhes direi: sou um soldado, Igual a qualquer outro que avançou, combateu, foi derrubado. Cruzes iguais… Terrivelmente iguais… Exército que cresce mais e mais, No festim diabólico da morte. Aqui jaz o covarde. Ali o forte. Aqui dorme um estranho. Ali estou eu… Mas ninguém sabe como ele morreu… Não se lembram do campo de batalha, Nunca ouviram o riso da metralha… Não sentiram tremer o corpo inteiro Ante o rugido brutal de um morteiro… Não viram a cor dos olhos do inimigo. Não sentiram o medo do perigo, Que vos faz desejar a morte breve. Nunca sonharam. Nunca, nem de leve. Mas… Nem todos se esqueceram do soldado Que está longe, bem longe sepultado… Mamãe, minha boa mãe, se tu soubesses Que tua imagem adornei com flores, Que tuas flores foram minhas preces, Preces colhidas no jardim das dores… Minha querida mãe, se te contasse O medo que senti sem teu carinho, Um medo horrível de morrer sozinho. Medo mesmo que o medo me matasse… Mas deixei meu abrigo e avancei Julgando ver a morte a cada passo Ao ouvir o sibilar de um estilhaço… Parei… Pensei em ti… Continuei… Minha querida mãe se te dissesse Que quando derrubou-me uma granada Atirando-me na terra enlameada, Foi por ti que chamei desesperado. Por um momento deixei de ser soldado E fui novamente uma criaa Sentindo na morte a esperaa De ainda adormecer no teu regaço. Mamãe. Matou-me um estilhaço… Minha querida noiva, por que choras? Relembras por certo as boas horas Que passamos juntos. Só nós dois… Íamos casar. Lembra-te ? E depois… E depois uma casa retirada. Cortinas nas janelas enfeitadas, Tu me esperando… eu vindo do quartel… A nossa casa um pequenino céu, Aberto a vinda de um herdeiro… Meu sonho, meu sonho derradeiro, Foi de beijar-te antes de morrer. Mas ao golpe frio da granada, Beijei apenas a terra ensangüentada. Mamãe, minha noiva, aqui se encerra Uma história de sangue, esta é a guerra. Não chorem. Tudo é terminado Rápido como coisa de soldado… Mas mamãe… Se novamente a pobre humanidade Mais uma vez em busca da verdade Rufar seus tambores sobre a Terra Anunciando mais sangue e outra guerra, Se outro filho a Pátria te exigir, Sem lágrimas mamãe, deixe-o ir… Embora te destrua o coração, Ainda que te alquebre a agonia Faça-me um favor mamãe, Peça a esse irmão, Para que seja também da INFANTARIA !

FEB - Força Expedicionária Brasileira - Falecimento do General Campello

 Lamentamos a perda de mais um Herói da Força Expedicionária Brasileiro
Mensagem enviada pelo Tenente Monteiro – Presidente no Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil
CONSELHO NACIONAL DE OFICIAIS R/2 DO BRASIL
NOTA DE FALECIMENTO
    A Diretoria do Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil, consternada, comunica o falecimento ontem, às 22 horas na Clínica São Carlos, Rio de Janeiro, do Exmo. Sr. General RUY LEAL CAMPELLO, herói da Força Expedicionária Brasileira e que desde 2009 era o detentor do Bastão de Comando da FEB.  O General Campello, que faleceu aos 95 anos, era gaúcho da cidade do Rio Grande. Foi declarado Aspirante a Oficial da Arma de Infantaria pela Escola Militar do Realengo em 1940. Na Itália, foi Subcomandante da 5ª Companhia do 1º Regimento de Infantaria – Regimento Sampaio. Com o retorno da FEB, ainda em 1945 foi promovido a Capitão, permanecendo no Regimento Sampaio já no comando da companhia. Após concluir o curso de Comando e Estado-Maior, foi para a 3ª Divisão de Cavalaria, em Bagé-RS, servindo depois no I Exército, de 1955 a 1957, de onde foi para o Curso de Infantaria da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Integrou o “Batalhão Suez” indo depois para o Estado-Maior da 1ª Divisão de Infantaria. Em 1959, serviu novamente no QG do I Exército, sob o comando do General Odylio Denys. Passou depois para o Gabinete do Ministro, com a ascensão do General Denys a esse cargo. Promovido aos postos de Oficial Superior por merecimento, de 1961 a 1964 pertenceu ao Estado-Maior do Exército. Em abril de 1964 passou a integrar a 2ª Seção do Estado-Maior da 1ª Divisão de Infantaria, comandada pelo General Orlando Geisel, vindo, a partir de maio, para o Gabinete do Ministro do Exército, General Arthur da Costa e Silva.
De 1966 a 1968 comandou o Regimento Sampaio. Foi em seguida para Chefia da 3ª Seção do I Exército e daí para o Gabinete do Ministro Orlando Geisel, de onde saiu para a Comissão Militar Brasileira em Washington-EUA, dali retornando ao Gabinete do Ministro em 1973, quando foi promovido a General-de-Brigada. Nesse posto exerceu os seguintes cargos: Diretor de Movimentação, Comandante da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada e Diretor do Pessoal Civil. Deixou o serviço ativo em 1978. Dentre as condecorações que lhe foram outorgadas por sua participação na FEB destacam-se: Cruz de Combate de 2ª Classe, Medalha de Campanha, Medalha de Guerra e Cruz ao Valor Militar da Itália.
     O General Campello exerceu até meados de 2009 a Presidência do Conselho Deliberativo da Associação Nacional dos Veteranos da FEB (ANVFEB). Residia no Rio de Janeiro, no bairro de Laranjeiras. Grande amigo dos Oficiais R/2, o herói ora desaparecido, por solicitação da família ao CNOR, teve o apoio do Comando do CPOR/RJ que colocou seus alunos e demais militares à disposição para doação de sangue. O sepultamento do bravo General Campello será hoje, dia 22 de junho, às 16 horas, no Cemitério São João Batista.

LUTO OFICIAL
             O Presidente do Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil, no uso de suas atribuições estatutárias, RESOLVE decretar, no âmbito das Associações filiadas ao CNOR, LUTO OFICIAL de 5 (cinco) dias pelo falecimento no Rio de Janeiro, em 22 de junho de 2012, do General de Brigada Reformado RUY LEAL CAMPELLO, detentor do Bastão de Comando da Força Expedicionária Brasileira. Aos Veteranos da FEB e à família enlutada, nossas sentidas condolências pela perda de tão ilustre Oficial.
                                              Rio de Janeiro, 22 de junho de 2012
                                            Sérgio Pinto Monteiro - 2º Ten R/2 Art
Presidente do CNOR
                             “Patriotismo, União, Lealdade, Trabalho – Assim Atua a Reserva Atenta e Forte”

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Minha Trajetoria no Esporte





















De: Delcio Alves Castro Pereira

Minha Trajetoria no Esporte do Exército ao Triatlon.

7 de Setembro - 2012








No palanque eu e Edson, podemos curtir e muito a reunião com amigos da ONU e Associação de Forças de Paz da ANU, e amigos do 2 BPE