Treinasmento Militar

Treinasmento Militar
Entrega de Certificados de Treinamento ISPS CODE e Anti terrorismo a militares do Exército e Marinha

Total de visualizações de página

sábado, 23 de junho de 2012

Tropas Aerotransportadas na Segunda Grande Guerra

“Imagine 10 mil homens descendo dos céus, em muitos lugares. Que governante teria condições de dispor de tantos homens para a defesa, uma vez que todo o seu território seria um alvo em potencial? Quanto terror estes soldados do ar não causariam, antes que alguma forma pudesse ser reunida contra eles?” A frase não é do General MacArthur, nem de Von Manstein, nem de Zhukov. É do pacifista Benjamim Franklin (1706-1790), embaixador dos Estados Unidos na França e dos maiores inventores de seu tempo.
Já naquela época, em carta para seu amigo e também cientista Jan Ingenhousz (1730-1799), ele imaginava soldados lançados de balões. Conversa de cientista louco? Nem tanto. Duzentos anos depois, a França, o mesmo país em que Franklin escrevera essa carta, seria palco de uma operação idêntica à imaginada por ele. Na noite de 05 de junho de 1944, cerca de 12 mil homens paraquedistas das 82ª e 101ª divisões aerotransportadas saltaram atrás das linhas alemãs na Normandia. Graças às ações decisivas desses soldados na retaguarda inimiga, o contingente principal pôde desembarcar nas praias sem o risco de um contra-ataque fulminante.
Loucos Pioneiros
Mas os paraquedas não foram uma novidade de surgiu na cabeça de Franklin. As primeiras experiências com equipamentos similares datam do século 9º, Península Ibérica. Na época, a região, sob o domínio árabe, era um dos centros tecnológicos do mundo. E foi ali, em Córdoba, em 852, que Armen Firmen, uma espécie de cientista, tentou alçar voo, atirando-se no vazio do alto de uma torre. Usava apenas uma estrutura de madeira e linho. A decolagem, claro, foi um fracasso. Mas, graças ao pano, a queda foi suavizava e o audaz sofreu apenas alguns arranhões.
Quem não teve a mesma sorte foi Abbas Abn Firnas, que tentou o mesmo feito em 1178, em Constantinopla, mas acabou quebrando vários ossos e morreu. Há quem diga que foram os chineses, no século 12, os primeiros a usar essas engenhocas regularmente. No ocidente, no entanto, os primeiros esboços de paraquedas são atribuídos a Leonardo da Vinci.
Mas o primeiro teste prático do aparato foi realizado pelo inventor, humanista e tradutor croata Faust Vracic. Em 1617, ele pulou de uma torre em Veneza com um paraquedas quebrado, em vez de redondo, e autodenominou-se homo-volans  (“Homem Voador”).
O interessante pelo artefato que aparava a queda de homens só aumentou muito tempo depois, já na era iluminista. Em 1783, os irmãos Montgolfier inventaram o balão. No mesmo ano, o inventor francês Louis-Sabastién Lenormand restou o que seria o primeiro paraquedas da História moderna, um aparato de pouco mais de quatro metros diâmetro. Dez anos depois, seu compatriota Jean-Pierre Blanchard foi o primeiro homem a pular com sucesso de paraquedas de um balão, não exatamente porque quisesse, mas porque a lona se rompera.
Nessa época, Blanchard também começou a pensar num protótipo mais leve e compacto – até então, os paraquedas eram feitos com madeira e linho, e não eram dobráveis. A saída lógica foi usar a levíssima seda. Mas quem deu o salto para a fama foi André Jacques Garnerin. Em 22 de outubro de 1789, utilizando uma sede de sete metros de diâmetro, parecido com um guarda-chuva, ele pulou de uma altura de 2500 metros. O salto foi um sucesso. O novo equipamento precisava só de um ajuste, pois oscilava por não ter saída de ar no canopi (a abóbada do pano). A solução foi abrir um pequeno furo no centro, criando uma espécie escoadouro para o ar e, assim, dando estabilidade ao dispositivo.
O Paraquedas vai à Guerra
Durante o século 19, várias melhorias foram implementadas, como os arreios (1887) e a mochila para guarda-lo nas costas (1890). Em 1912, o capitão do Exército norte-americano Albert Berry saltou pela primeira vez de uma avião – outro invento ainda em pleno desenvolvimento. Nascia aí uma parceria entre os paraquedas e as Forças Armadas.
A primeira ocasião em que ele teve uso militar foi na Primeira Guerra Mundial. Naquela época, especialmente na fase inicial do conflito, os correções para os tiros de artilharia ficavam a cargo de observadores instalados em balões. “Eles eram essenciais para direcionar o trabalho dos canhões, e ambos os lados sabiam disso. Tornou-se comum enviar esquadrilhas de caças para abater esses balões e ‘cegar’ a artilharia inimiga. Quando isso acontecia, a única forma de os observadores fugirem a tempo era pulando dos balões de paraquedas”, conta a professora especializada em História Militar Mary Kathryn Barbier, de Southern Mississippi University, dos Estados Unidos.
Se os observadores tinham a chance de salva suas vidas usando o artefato, o mesmo não podia se dizer dos pilotos. No início do conflito, em forças como a RAF, eles eram proibidos de usar o equipamento. O argumento oficial era que o paraquedas pesava demais e não era confiável. O motivo real, no entanto, escondia uma sombria tática de guerra: a chance de ser salvo roubaria do piloto a garra necessária para combater, segundo o historiador Artur G. Lee, autor do livro No Parachute: a Fight Pilot in Warld War.
A metaliade só mudou em 1917, pelo menos no lado alemão, quando o Alto Comando perceu que era mau negócio perder uma piloto treinado, apenas porque ele não tinha esse dispositivo à mão. Foi graças a uma paraquedas, aliás, que a vida de Ernst Udet, o segundo maior ás alemão do conflito, com 62 abates confirmados (atrás do Barão Vermelho, com 80), foi salvo. No dia 29 de junho de 1918, faltando apenas cinco meses para o término do conflito, de colidiu contra uma Breguet durante uma investida e conseguiu saltar. Para seu desespero, porém, o paraquedas só abriu a 75 metros do solo. O ás germânico acabou com o tornozelo fraturado, mas a sua vida estava salva. Na RAF, quando a mudança foi implementada e os guardian angels (anjos da guarda, como eram chamados os paraquedas desenvolvidos pelo engenheiro inglês R. E. Calthop) foram finalmente entregues aos pilotos, a guerra já havia praticamente acabado.
A Infantaria vem do Ar
O entre guerras foi o período de forte desenvolvimento das unidades paraquedistas. Nos Estados Unidos, o maior entusiasta foi o Brigadeiro Willy Mitchell, que conseguiu que o governo instaurasse uma fábrica de produção em Daytona. Ohio. Ali foram desenvolvidas técnicas que simplificaram o salto – como a famosa cordinha que, entrelaçada ao avião e ao equipamento, o fazia abrir instantaneamente após o salto, permitindo saltos a baixa altitude. Outros países, como União Soviética, Itália e Alemanha, também demonstraram grande entusiasmo militar pelo dispositivo. Em 1927, tropas italianas realizaram, com êxito, o primeiro salto coletivo de uma Unidade, em Milão (nascia ali o embrião da famosa divisão Folgore). Na União Soviética, o governo patrocinou vários clubes amadores de paraquedismo – e escolhia os membros promissores para servirem as forças armadas. Em 1932, já imaginando operações em larga escala, os soviéticos anunciaram a criação da primeira Brigada Paraquedista. Em 1935, Stálin fez uma demonstração de força: 6 mil paraquedistas saltaram próximos a Kiev, no primeiro salto em massa da História.
Mas foi a Alemanha, a partir de 1933, que os paraquedistas ganharam impulso -  mesmo com os alemães proibidos de ter força aérea, de acordo com o Tratado de Versalhes. Em forte intercâmbio com a União Soviética, formou-se naquele ano uma pequena unidade, a Landespolizei gruppe Berlin. Secretamente, era o primeiro grupo paraquedista alemão.
Em 1939, a unidade, agrupado junto à Flieger Division 7, já havia alcançado o status de batalhão, sob a batuta do general Kurt Student, o grande mentor desse tipo de assalto entre os nazistas. “Os alemães, mais do que ninguém, foram os grande idealizados das unidades paraquedistas, embora ela não tivesse condições operacionais de fazer nada significativo, depois da tomada de Creta”, diz a professora Mary. No entanto, a despeito das pesadas baixas, o sucesso do assalto foi tamanho que inspirou os Aliados a utilizarem suas próprias unidades em ações posteriores.
Ao final, todas as grandes potências utilizaram paraquedistas em larga escala – geralmente em ações duvidosas, que muitas vezes acabavam mal. Como artefato, a Segunda Guerra Mundial permitiu o seu aprimoramento, criando um modelo muito próximo do que é utilizado até hoje

Valor da Infantaria por um PE do campo de Batalha

Particularmente não poderia deixar de publicar a inestimável contribuição desse SOLDADO DE INFANTARIA DA POLÍCIA DO EXÉRCITO, PE Bendl, diga-se de passagem 07-29 (Quem é PE SABE!), enviou o comentário sobre o Dia da Infantaria e, mesmo que alguns não entendem o verdadeiro valor da Infantaria, essa tem por premissa honrar o sangue derramado dos nossos antepassados na defesa da terra e dos nossos valores. Essa é a INFANTARIA!
——————-
Imensa formação de brancas cruzes, Desfile mortuário de fantasmas, Exótico mercado de miasmas, Exposição de ossadas e de urzes… Calado e mudo queda-se o canhão, Apenas trevas cobrem a amplidão, Que outrora foi um campo batalha… Calada e muda queda-se a metralha, É morta na garganta a voz do obus, O sabre traiçoeiro não reluz Dilacerando, ensangüentado a terra A paz voltou, é terminada a guerra. Os heróis tombaram das alturas, Os covardes e os bravos olvidados, Seus feitos aos livros relegados, Nada mais resta, apenas sepulturas. E eu? Quem sou? Perguntam eu quem sou? Pois bem, eu lhes direi: sou um soldado, Igual a qualquer outro que avançou, combateu, foi derrubado. Cruzes iguais… Terrivelmente iguais… Exército que cresce mais e mais, No festim diabólico da morte. Aqui jaz o covarde. Ali o forte. Aqui dorme um estranho. Ali estou eu… Mas ninguém sabe como ele morreu… Não se lembram do campo de batalha, Nunca ouviram o riso da metralha… Não sentiram tremer o corpo inteiro Ante o rugido brutal de um morteiro… Não viram a cor dos olhos do inimigo. Não sentiram o medo do perigo, Que vos faz desejar a morte breve. Nunca sonharam. Nunca, nem de leve. Mas… Nem todos se esqueceram do soldado Que está longe, bem longe sepultado… Mamãe, minha boa mãe, se tu soubesses Que tua imagem adornei com flores, Que tuas flores foram minhas preces, Preces colhidas no jardim das dores… Minha querida mãe, se te contasse O medo que senti sem teu carinho, Um medo horrível de morrer sozinho. Medo mesmo que o medo me matasse… Mas deixei meu abrigo e avancei Julgando ver a morte a cada passo Ao ouvir o sibilar de um estilhaço… Parei… Pensei em ti… Continuei… Minha querida mãe se te dissesse Que quando derrubou-me uma granada Atirando-me na terra enlameada, Foi por ti que chamei desesperado. Por um momento deixei de ser soldado E fui novamente uma criaa Sentindo na morte a esperaa De ainda adormecer no teu regaço. Mamãe. Matou-me um estilhaço… Minha querida noiva, por que choras? Relembras por certo as boas horas Que passamos juntos. Só nós dois… Íamos casar. Lembra-te ? E depois… E depois uma casa retirada. Cortinas nas janelas enfeitadas, Tu me esperando… eu vindo do quartel… A nossa casa um pequenino céu, Aberto a vinda de um herdeiro… Meu sonho, meu sonho derradeiro, Foi de beijar-te antes de morrer. Mas ao golpe frio da granada, Beijei apenas a terra ensangüentada. Mamãe, minha noiva, aqui se encerra Uma história de sangue, esta é a guerra. Não chorem. Tudo é terminado Rápido como coisa de soldado… Mas mamãe… Se novamente a pobre humanidade Mais uma vez em busca da verdade Rufar seus tambores sobre a Terra Anunciando mais sangue e outra guerra, Se outro filho a Pátria te exigir, Sem lágrimas mamãe, deixe-o ir… Embora te destrua o coração, Ainda que te alquebre a agonia Faça-me um favor mamãe, Peça a esse irmão, Para que seja também da INFANTARIA !

FEB - Força Expedicionária Brasileira - Falecimento do General Campello

 Lamentamos a perda de mais um Herói da Força Expedicionária Brasileiro
Mensagem enviada pelo Tenente Monteiro – Presidente no Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil
CONSELHO NACIONAL DE OFICIAIS R/2 DO BRASIL
NOTA DE FALECIMENTO
    A Diretoria do Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil, consternada, comunica o falecimento ontem, às 22 horas na Clínica São Carlos, Rio de Janeiro, do Exmo. Sr. General RUY LEAL CAMPELLO, herói da Força Expedicionária Brasileira e que desde 2009 era o detentor do Bastão de Comando da FEB.  O General Campello, que faleceu aos 95 anos, era gaúcho da cidade do Rio Grande. Foi declarado Aspirante a Oficial da Arma de Infantaria pela Escola Militar do Realengo em 1940. Na Itália, foi Subcomandante da 5ª Companhia do 1º Regimento de Infantaria – Regimento Sampaio. Com o retorno da FEB, ainda em 1945 foi promovido a Capitão, permanecendo no Regimento Sampaio já no comando da companhia. Após concluir o curso de Comando e Estado-Maior, foi para a 3ª Divisão de Cavalaria, em Bagé-RS, servindo depois no I Exército, de 1955 a 1957, de onde foi para o Curso de Infantaria da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Integrou o “Batalhão Suez” indo depois para o Estado-Maior da 1ª Divisão de Infantaria. Em 1959, serviu novamente no QG do I Exército, sob o comando do General Odylio Denys. Passou depois para o Gabinete do Ministro, com a ascensão do General Denys a esse cargo. Promovido aos postos de Oficial Superior por merecimento, de 1961 a 1964 pertenceu ao Estado-Maior do Exército. Em abril de 1964 passou a integrar a 2ª Seção do Estado-Maior da 1ª Divisão de Infantaria, comandada pelo General Orlando Geisel, vindo, a partir de maio, para o Gabinete do Ministro do Exército, General Arthur da Costa e Silva.
De 1966 a 1968 comandou o Regimento Sampaio. Foi em seguida para Chefia da 3ª Seção do I Exército e daí para o Gabinete do Ministro Orlando Geisel, de onde saiu para a Comissão Militar Brasileira em Washington-EUA, dali retornando ao Gabinete do Ministro em 1973, quando foi promovido a General-de-Brigada. Nesse posto exerceu os seguintes cargos: Diretor de Movimentação, Comandante da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada e Diretor do Pessoal Civil. Deixou o serviço ativo em 1978. Dentre as condecorações que lhe foram outorgadas por sua participação na FEB destacam-se: Cruz de Combate de 2ª Classe, Medalha de Campanha, Medalha de Guerra e Cruz ao Valor Militar da Itália.
     O General Campello exerceu até meados de 2009 a Presidência do Conselho Deliberativo da Associação Nacional dos Veteranos da FEB (ANVFEB). Residia no Rio de Janeiro, no bairro de Laranjeiras. Grande amigo dos Oficiais R/2, o herói ora desaparecido, por solicitação da família ao CNOR, teve o apoio do Comando do CPOR/RJ que colocou seus alunos e demais militares à disposição para doação de sangue. O sepultamento do bravo General Campello será hoje, dia 22 de junho, às 16 horas, no Cemitério São João Batista.

LUTO OFICIAL
             O Presidente do Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil, no uso de suas atribuições estatutárias, RESOLVE decretar, no âmbito das Associações filiadas ao CNOR, LUTO OFICIAL de 5 (cinco) dias pelo falecimento no Rio de Janeiro, em 22 de junho de 2012, do General de Brigada Reformado RUY LEAL CAMPELLO, detentor do Bastão de Comando da Força Expedicionária Brasileira. Aos Veteranos da FEB e à família enlutada, nossas sentidas condolências pela perda de tão ilustre Oficial.
                                              Rio de Janeiro, 22 de junho de 2012
                                            Sérgio Pinto Monteiro - 2º Ten R/2 Art
Presidente do CNOR
                             “Patriotismo, União, Lealdade, Trabalho – Assim Atua a Reserva Atenta e Forte”

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Minha Trajetoria no Esporte





















De: Delcio Alves Castro Pereira

Minha Trajetoria no Esporte do Exército ao Triatlon.

7 de Setembro - 2012








No palanque eu e Edson, podemos curtir e muito a reunião com amigos da ONU e Associação de Forças de Paz da ANU, e amigos do 2 BPE

Treinamento Operacional Haiti





O Esporte Delcio Alves Castro Pereira



O início no Triatlon foi doloroso e dolorido, em 1997 já apaixonado pela corrida e a natação, parti para o ciclismo, e o impulso veio da Empresa, do BBV que tinha um presidente ciclista e que adorava equipes, logo bolamos um uniforme e um projeto como o Diego Lopez da Trilopez, e o projeto nasceu junto com minha entrada na Triatlon no Trofeu Brasil de Triatlon, montado numa MTB, nadando sem treino mas correndo muito bem, fiz meu primeiro Short Triatlon, na USP em São Paulo e de lá prá cá é história.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Curso de Resgate em Crises e Desastres em áreas de Conflitos






Resgate em áreas de conflito

Desastres e Crises

Trabalhos intensamente no ano de 2010 para criar um modelo de curso rápido e com um conteúdo teórico assimilável e de uma apresentação prática clara e de rápida absorsão.

Este modelo que chegamos foram 4 dias de curso intensivo e um dia de prática em campo.

Dos Primeiros Socorros, Resgate: em escombros, soterramento, aterramento, em altura, em áreas sob fogo inimigo ou em emboscadas, abrendemos sobre os modelos dos desastres, das inundações, abalos sismicos, ondas gigantes, as contaminações, o trato cadaverico, a organização de abrigos, fechamos com 4 veiculos 2/5 Ton, 1 pelotão atuando, e cerca de 20 homens na figuração, foi inesquecível atuadr com estes jovens militares e apresetnar e orientar para o trabalho de equipe neste ambiente hostil.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Trilhas e Vida Boa no Sítio em Minas Gerais

Os Briquedos do Sítio, e o trabalho








30 ANOS CORRENDO


30 ANOS CORRENDO
Por Delcio Alves Castro Pereira

30 Anos com o pé na Estrada - 1 Meia Maratona Atlantica Boa Vista Jornaldo do Brasil - 1982

No dia 7 de abril de 1982 estava eu suando a camisa para terminar a 1 Meia Maratona Atlantica Boa Vista Jornal do Brasil, os 22 km da prova na pista de corrida de Interlagos foram um grande desafio, tinha apenas 15 anos, e a inscrição nem tinha a ciência dos meus país, alias o que era uma meia maratona para meus país, acho que não tinham qualquer noção de uma corrida de 22 km, e sinceramente nem eu na prática, eu e minha amiga Jandira estavamos na linha de saída, uniformizados com o que tinhamos na época, um calor, medonho e pouco preparo, terminamos a prova, e naquela época não tinhamos medalhas, fotos, mas o diploma de conclusão da prova (é não tinha nem diploca de participação e nem medalhas)

O espírito da maratona popular foi introduzido no Brasil em 1979, com a realização da Maratona Internacional do Rio de Janeiro. A iniciativa do evento foi da corredora Eleonora Mendonça, que residira alguns anos nos Estados Unidos. Ela criou a empresa Printer, promotora e organizadora de algumas corridas de rua, com um percurso fácil e agradável ao longo das praias de Copacabana e do Leme.

Publicidade

O sucesso das provas de percurso menor, realizadas em 78, encorajou a direção da Printer a lançar um projeto de maior expressão: uma maratona. O primeiro passo foi a escolha de um percurso com largada e chegada no estádio da Escola de Educação Física do Exército, bairro da Urca. Tratando-se de uma prova pioneira, uma avaliação posterior pode classificá-la como satisfatória, no tocante à organização, facilidade nas inscrições, simpósio técnico na véspera, rápida apuração, divulgação dos resultados etc. Concluindo, valeu a pena a primeira maratona brasileira na distância oficial de 42.195 m, ficando o compromisso de novas edições nos anos seguintes, aplicados ligeiros ajustes no projeto original. Pouco mais de 120 corredores concluíram essa prova pioneira. Depois dela, a Printer promoveu mais quatro, mantendo o nível técnico e organizacional, mesmo com o expressivo aumento do número de participantes.

MARATONAS NO RIO E EM SÃO PAULO. Devido ao relativo sucesso da experiência da Maratona da Printer em 79, o jornalista e esportista José Inácio Werneck, então editor de esportes do Jornal do Brasil, obteve aprovação junto à direção da empresa do seu projeto para a realização de uma maratona no ano seguinte. Além da inquestionável força do JB, mérito para as boas idéias de Werneck e de um seleto grupo que ele reuniu para realizar a importante tarefa, dentre outros José Rodolfo Eichter e Fernando Azeredo.

Em 1980 e 81 foram então disputadas no Rio de Janeiro duas maratonas, uma da Printer e outra do Jornal do Brasil, bem organizadas e com mais corredores. Em 82, ainda mais fôlego, com o lançamento da Viva - A Revista da Corrida, pertencente ao grupo do JB. Foram anos de ouro da maratona no Brasil, com a participação de maratonistas estrangeiros de nível internacional, realização de simpósios importantíssimos e um crescimento vertiginoso do número e da qualidade de maratonistas brasileiros. Sem outras opções de provas de menor distância com boa organização, centenas de corredores deslocavam-se para as maratonas do Rio de Janeiro, procedentes de dezenas de estados brasileiros e também do exterior, compreendendo atletas amadores e de elite, jovens e veteranos.

As maratonas vinculadas ao Jornal do Brasil tiveram no início os seguintes títulos: Maratona Bradesco / Jornal do Brasil, Maratona Atlântica Boa Vista / Jornal do Brasil. Mais tarde, 3ª, 4ª, 5ª Maratona do Rio, concorrendo com a Rio Maratona 82, 83 e 84, além das provas intituladas Maratona da Cidade. Com a saída do Jornal do Brasil, uma corrente passou a seguir outros veículos de comunicação, Jornal dos Esportes e depois Jornal O Dia.

Em 82, ocorreu a Maratona Cidade de São Paulo, buscando-se o mesmo êxito que vinha sendo alcançado no Rio. No entanto, as poucas provas realizadas não alcançaram o nível desejado, seja por dificuldades de percurso, seja pela pequena participação do público, seja pelo fato da cidade apresentar dificuldade de se obter um bom percurso, similar ao do Rio.

A segunda Maratona de São Paulo, realizada em 23 de janeiro de 1983, castigou os participantes e o pequeno público que acompanhou a prova devido a um intenso calor, o que provocou um índice técnico baixo. A 5ª Maratona Bradesco / Jornal do Brasil, que foi concluída por mais de 6 mil participantes, teve sua data antecipada para maio, já que fora escolhida pela CBAt e Comitê Olímpico Brasileiro como classificatória para a participação dos maratonistas brasileiros nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Vitória espetacular de Eloy Schleder, obtida no último quilômetro. Entre as mulheres, prevaleceu a experiência de Eleonora Mendonça.

Com um crescente número de paulistas correndo a distância no Rio e em Nova York, foi inevitável que a maior capital do país insistisse em ter sua própria maratona, de nível internacional. A Maratona de São Paulo em 85 teve 972 concluintes, sendo que os últimos fecharam a prova numa agradável temperatura. Em 86, a Prefeitura de SP definiu novo percurso, com largada em frente ao Obelisco do Ibirapuera, contornando-o pelas avenidas do IV Centenário e República do Líbano, com chegada no parque. O percurso dos últimos cinco quilômetros, plano e arborizado, compensou a temperatura alta do final da prova.

Uma equipe de peso da Viva Promoções Desportivas continuou a fazer crescer a Maratona do Rio, que se constituiu no maior evento esportivo do Brasil em 85. Além de corredores de quase todos os estados do país, a prova contou com cerca de 500 atletas dos Estados Unidos, Inglaterra, Suécia, Noruega, Canadá, Itália, Tanzânia, México, Argentina, Bolívia e Porto Rico.

A Maratona do Rio em 86 teve como novidade a largada em Niterói, atravessando a ponte em direção às principais vias da zona sul, com chegada no Leme. Dos 8.534 inscritos, cerca de 7 mil deram a largada e 5.163 concluíram.

Em 87, o grupo liderado pelo jornalista Inácio Werneck, já ligado ao Jornal dos Esportes, organizou a Maratona da Cidade, com largada e chegada no Sambódromo, percurso que agradou aos 2.487 participantes. Vitória de Valmir de Carvalho e de Angélica de Almeida, com a marca de 2:42:31, novo recorde brasileiro na distância. A maratona tradicional do Jornal do Brasil realizou-se a 22 de agosto, contando com grande número de participantes.

O jornal O Dia substituiu o Jornal dos Esportes na organização da Maratona da Cidade, no Rio, em 88. Foi revestida de grande expectativa na medida em que seus resultados serviriam de base para a indicação de nossos representantes na maratona dos Jogos Olímpicos de Seul. Valmir de Carvalho (2:17:10) e Angélica de Almeida (novo recorde brasileiro, 2:37:48) foram os vencedores.

Em 88, a força do Jornal do Brasil foi insuficiente para assegurar o bom nível técnico e organizacional da Maratona do Rio. Venceram o José Carlos Santana da Silva e Nercy Freitas da Costa.

Em 89, a Maratona da Cidade manteve o percurso anterior, largada e chegada no Sambódromo e o bom nível organizacional. A Maratona do Rio em 90, 10ª e última participação do Jornal do Brasil, teve menos de 2 mil concluintes. O percurso foi invertido: largada do Leme, direção Copacabana, Ipanema, Leblon; retorno ao Leme, Aterro do Flamengo e chegada ao Leme.

Em 90, finalmente o bom senso prevaleceu: sentindo que todos estavam perdendo, os grupos (jornal O Dia e a empresa Sports e Marketing) decidiram unificar as duas maratonas que vinham realizando. O percurso foi bastante alterado, com largada na Barra da Tijuca e chegada na Quinta da Boa Vista, na Tijuca.

PORTO ALEGRE, BRASÍLIA, BLUMENAU, CURITIBA E FLORIANÓPOLIS. O declínio inicial e o desaparecimento quase total do evento maratona no Rio de Janeiro só não foi mais chocante para os aficionados da prova pelo surgimento de provas em outras cidades brasileiras. A semente já tinha sido lançada, os conhecimentos organizacionais já estavam consolidados e a massa de maratonistas brasileiros estava ávida de encarar a distância. Líderes também não faltavam.

Neste contexto, não é difícil entender que Paulo Silva e outros, em Porto Alegre, Edemar Winkler e Raul Cardozo, em Blumenau, Joaquim Pires e familia, em Brasília, lançaram suas maratonas nos meados dos anos 80, com crescente sucesso.

Mais recentemente, com excelente nível, passaram a acontecer as maratonas de Curitiba e de Santa Catarina, em Florianópolis, surgiu a do SescPR em Foz do Iguaçu em 2007 e desapareceu em 2006 a de Blumenau, que foi a mais importante nos anos 90, mas que não soube se firmar devido a inúmeras falhas.

ANOS 90, CBAT E A CONTRA-RELÓGIO ENTRAM EM AÇÃO. Em outubro de 93 foi lançada a Contra-Relógio, um desafio que o jornalista e corredor Tomaz Lourenço decidiu encarar. A revista começou timidamente, mas com um rumo perfeitamente definido: uma revista de corredor para corredor, com o objetivo de informar e lutar pela melhora das corridas no Brasil. Por influência da CR, a Confederação Brasileira de Atletismo - CBAt passou a dar mais atenção às provas de rua, inclusive baixando normas para elas e oficializando as que cumprissem os regulamentos, especialmente no tocante à aferição de percurso.

PORQUE NOSSAS MARATONAS TÊM MENOS PARTICIPANTES QUE HÁ 25 ANOS

Um dado chama a atenção na história das maratonas brasileiras. Em meados dos anos 80 uma das maratonas que acontecia no Rio teve mais de 6 mil concluintes. Hoje nossa prova de maior número de participantes, a de São Paulo, não alcança 2.500. Por que essa involução?

Para entender essa aparente contradição, considerando-se o crescimento da população e a "explosão" das corridas de rua nos últimos anos no país, é necessário voltar no tempo. Nos anos 80 as corridas no Brasil eram poucas e quase todas extremamente mal organizadas. A grande exceção era a Maratona do Rio promovida pelo Jornal do Brasil, que a realizava nos mesmos moldes do que melhor acontecia no exterior. O resultado dessa excelência era que os corredores brasileiros optavam por correr os 42 km, por falta de alternativas. Ou seja, quem queria fazer uma prova com ótima organização, só tinha uma alternativa: a Maratona do Rio.

Quando outras corridas de menor distância e bem organizadas começaram a aparecer, o óbvio aconteceu: grande parte dos corredores migrou para esses eventos, pela maior facilidade de participação. E essa reviravolta só se acentuou nos últimos anos, com o aparecimento de excelentes revezamentos, em que basta fazer 5 km para se "tornar um corredor".

Por outro lado, muitos poderiam lembrar que é conhecida a incrível sensação de completar uma maratona, nada parecido com o que se sente numa prova de 10 km ou mesmo numa meia. Sem dúvida, só quem já fez os 42 km sabe do que estamos falando, daí o grande sucesso que são as maratonas pelo mundo.

Na opinião da revista, isto não se repete no Brasil porque os organizadores não buscam melhorar as condições para os participantes. Lá fora, Estados Unidos e Europa notadamente, onde as maratonas são várias centenas, quase todas acontecem nas épocas de clima frio/ameno (março a maio e setembro a novembro),

Aqui as condições climáticas não são tão favoráveis (exceção para Porto Alegre, em maio, e eventualmente para São Paulo em maio/junho), então seria fundamental que as largadas acontecessem bem cedo, para minimizar um pouco a temperatura, que como se sabe é o principal adversário dos corredores de longa distância.

Enquanto não houver essa preocupação, continuaremos sendo um país em que boa parte dos maratonistas enfrenta o desafio dos 42 km apenas no exterior (vide as centenas de brasileiros em Nova York, Paris, Chicago, Berlim, Buenos Aires e agora também em Punta del Este).